terça-feira, 18 de setembro de 2007

Back in business...

... quando tudo parecia tão distante. As idas para Setúbal (as primeiras), aí como "brava guerreira do crime", sempre tão dificeis pra mim.


Porque é que o que é bom acaba? Acho que vou percebendo, por dentro, porque é que as rupturas provocam muitas vezes, grandes conflitos e guerras, inimizades... é tão mais fácil assim, ao menos tem-se uma desculpa. Na altura, anestesiada pela terrivel sensação do eminente romper, achei que aquele último ano da minha vida tinha apenas sido mais um. Assim me convenci.


Saio do ferry a caminho do new job eis que me deparo com a nova realidade... e, aí sim (qual boli deprimida em Abril) me senti perfeitamente oprimida. Afinal de contas, em Setúbal só conhecia um caminho, o único que me apetecia fazer, e que por coincidência era justamente o único que não ia fazer.

Abreviando: 2 duras semanas de adaptação, de comparações, de saudades. Não que eu tivesse dúvidas de que o meu último ano de vida tinha sido importante... mas acho que só percebemos algumas coisas depois de elas terem passado por nós, ... e ficado. E nos fazerem falta...

Tenho sobretudo saudades de me ouvir rir há uns meses atrás, do "604 mercado", da boli que invariavelmente apanhava trânsito na passadeira como ninguém, do meu colega e da minha chefe acolhedora...

2 comentários:

Guidinha disse...

É sempre difícil recomeçar, sobretudo depois de um ano tão cheio de tantas coisas.
E as comparações entre o novo emprego, frio, inóspito e impessoal, e aquele nosso cantinho, onde nos sentíamos parte de um grupo de gente bem disposta e despretensiosa, onde podíamos rir que nem umas perdidas e fazer disparates, são inevitáveis. E fica-se assim uma dorzinha que parece que não vai passar mas que acaba por se transformar numa saudade boa, que nos deixa com um sorrisinho parvo na cara ao encontrar um bilhetinho perdido que diz "Adixiona-me! És uma fixe! Jinhos", ao abrir o estojo e escolher a minha caneta preta com a tira amarela a dizer “Bolinhas”, ou ao dar uma vista de olhos pelo interminável álbum das fotos que registaram “o” ano das nossas vidas…


(Sou uma sentimentalona saudosista, mas não tenho vergonha. E estava a ver que nunca mais deitavas isso tudo cá pra fora!)

alexmanuela disse...

Fiquei para morrer! Um novo post no Bolg! E eu que já me preparava para adicionar mais um comentário à lista dos infindáveis da "Depilação" (que já parecia mesmo um blog!)
Nao fiques triste moça da coca-cola e dos cabelos amarelos.. Há coisas que ficam para sempre e o que interessa é a profundidade dos sentimentos e não o tempo que eles duram.. (atenção que quem disse isto foi o Fernando Pessoa, mas de forma mais aprimorada.. Eu cá concordo um bocadinho porque o tempo que duram também me interessa, mas isso agora nao interessa nada para o assunto em questão..)
Onde é que eu ia? Ha sim, quanto à tristeza, não me parece que ela persista muito junto a uma trocista nata como tu.. Coitados deles, antes que se dêm conta já estão viciados no teu sarcasmo requintado e a responder-te quase à letra...
Bjos